Este é o novo Mercedes-Benz Classe E. Tem Diesel, TikTok e Inteligência Artificial

O Mercedes-Benz Classe E é uma referência dentro do segmento, mas será que ainda surpreende?

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O novo Mercedes-Benz Classe E (W 214) pode muito bem ser o último Classe E de sempre com motor de combustão interna e chega ao mercado português no próximo mês de setembro.

Mas enquanto isso não acontece, o Diogo Teixeira «deu um salto» a Viena, na Áustria, e já o conduziu. Primeiro na versão híbrida plug-in E 300 e 4Matic, que será a mais potente da gama no nosso país, e depois na variante E 220 D. Sim, leram bem, a Mercedes-Benz continua a apostar no Diesel.

Continua a ser um Classe E, com tudo o que isso representa, mas sofreu uma autêntica revolução tecnológica. Neste vídeo, mostramos todas as novidades:

Por fora encontramos linhas muito fluídas, como o Classe E porventura nunca teve. Mas as maiores alterações aconteceram no interior, com este modelo a aproximar-se muito daquilo que já conhecemos das duas berlinas 100% elétricas da marca de Estugarda, o EQS e o EQE.

Além de todos os elementos de conforto que se espera de uma berlina executiva de topo, encontramos detalhes menos comuns, como um sistema de som de alta fidelidade com som 4D, inteligência artificial e até uma câmara de alta resolução montada no topo do tabliê que permite tirar selfies e fazer videochamadas.

Mas aquilo que mais surpreendeu o Diogo neste primeiro contacto foi mesmo o sistema MBUX Superscreen. Este é opcional e junta dois ecrãs unidos por uma superfície vidrada, com um terceiro destacado que serve de painel de instrumentos.

Podem saber todos os detalhes sobre este sistema no artigo abaixo:

Até podem jogar Angry Birds ou fazer um TikTok

É graças a este sistema e ao poder computacional que está dentro deste Classe E que vão poder jogar Angry Birds ou mesmo fazer vídeos para o TikTok a partir do sistema de infoentretenimento. E isso é, no mínimo, impressionante.

Mas tal como o Diogo diz no vídeo que surge em destaque neste artigo, nem tudo são rosas no interior do novo Mercedes-Benz Classe E. Os comandos da climatização passam a estar totalmente integrados no ecrã central, o que não ajuda à facilidade e rapidez de utilização.

O modelo alemão redime-se quando se fala em conforto e espaço — a estes níveis, o Diogo tem muito pouco a apontar.

Em relação ao espaço, há mais do que nunca. Até porque agora temos um comprimento de quase cinco metros (4949 mm) e uma distância entre eixos de 2961 mm.

O novo Mercedes-Benz Classe E (W 214) continua a apostar forte nos motores de combustão ­— a eletrificação total fica a cargo da gama EQE.

Contudo, e pela primeira vez na sua história, não há motores de seis cilindros na gama, apenas de quatro cilindros.

Em Portugal o Classe E vai estar disponível apenas com três motorizações, pelo menos para já: uma a gasolina, uma Diesel e outra híbrida plug-in.

Na base da gama encontramos dois motores de quatro cilindros com 2.0 l de capacidade: uma unidade a gasolina (E 200) com 204 cv de potência, e uma Diesel (E 220 d) com 197 cv de potência.

Em ambos os casos estes motores são coadjuvados por um sistema mild-hybrid de 48 V capaz de oferecer um boost adicional de até 23 cv de potência.

Até 118 km de autonomia elétrica na versão PHEV

Mais acima na gama encontramos a versão E 300 e (que pode ser ou não 4MATIC). É a variante mais potente disponível em Portugal e aquela que nós conduzimos durante mais tempo neste primeiro contacto.

Trata-se de um híbrido plug-in que junta o motor do E 200 (um quatro cilindros com 2.0 l de capacidade) a um motor elétrico com 95 kW (129 cv) e a uma bateria de iões de lítio com 25,4 kWh de capacidade.

Graças a isto este E 300 e oferece uma potência máxima combinada de 313 cv e um binário máximo de 550 Nm, ao mesmo tempo que é capaz de andar até 118 km em modo 100% elétrico.

E esse acaba por sempre mesmo um dos maiores trunfos desta versão, que permite carregamentos de até 50 kW em corrente contínua (DC), uma opção pouco comum para uma proposta híbrida plug-in.

Rodas traseiras direcionais fazem diferença

Depois, do ponto de vista dinâmico, mesmo não sendo esta uma berlina com responsabilidades desportivas, o Classe E acaba por se mostrar muito competente.

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E as rodas traseiras direcionais — que já vimos no Classe S —, são uma das maiores culpadas por isso. Permitem disfarçar eficazmente os 2210 kg que o Classe E pesa na versão E 300 e, ao mesmo tempo que aumentam a estabilidade a velocidades mais altas, em autoestrada.

Mas sobre a experiência ao volante deste novo Classe E, o melhor mesmo é verem o vídeo em destaque, onde o Diogo já «deitou as mãos» a este modelo, nos arredores da cidade de Viena, na Áustria:

Apesar dos trunfos da versão híbrida plug-in, o Diogo ainda se sentou ao volante da variante E 220 d, com um motor Diesel.

Ansiedade de autonomia? Nenhuma. Sobretudo depois do Diogo ver 1000 quilómetros de autonomia no quadrante. E para quem faz muitos quilómetros em autoestrada, essa até pode continuar a ser a versão mais acertada.

A Mercedes-Benz ainda não revelou os preços da nova geração para o mercado nacional, mas já confirmou que as motorizações E 200 e E 220 d serão as primeiras a chegar, com as primeiras unidades a ficarem disponíveis em meados de setembro. A variante E 300 e só chega mais tarde, no último trimestre deste ano.

Porém, seria muito estranho, com todas as novidades implementadas, se os preços face à atual geração do modelo não sofressem uma subida. Recorde-se que atualmente o E 220 d arranca nos 65 000 euros e o E 300 e começa nos 72 750 euros.