Primeiro Contacto Novo Mitsubishi Colt. Já conduzimos o «irmão gémeo» do Renault Clio

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Novo Mitsubishi Colt. Já conduzimos o «irmão gémeo» do Renault Clio

O Mitsubishi Colt está de volta ao mercado europeu com uma geração totalmente nova mas com uma «cara» bem conhecida. Renault Clio, és tu?

Mitsubishi Colt

Primeiras impressões

7/10

Data de comercialização: Novembro 2023

O Mitsubishi Colt está de regresso à Europa 10 anos depois e foi separado à nascença do seu irmão gémeo, o Renault Clio.

Prós

  • Qualidade geral
  • Tecnologia

Contras

  • Poucas mudanças face ao Clio
  • Falta motorização híbrida

Depois de uma ausência de mais de 10 anos, o Mitsubishi Colt está de volta ao continente europeu e logo com uma geração totalmente nova.

Mas tal como se percebe ao olhar para ele, partilha praticamente tudo com o Renault Clio, desde a imagem exterior ao habitáculo, passando pela plataforma e pela mecânica.

Não há outra forma de o dizer: o novo Colt é uma espécie de Renault Clio japonês, fruto de um exercício de badge engineering. O Diogo Teixeira já o conduziu pelas ruas de Berlim (Alemanha) e explica o que levou a Mitsubishi a tomar esta decisão:

https://youtu.be/PozOdSLzk8M?si=5b41aN2RXj6kysE0

Não, não é um Renault Clio

Do ponto de vista da imagem, pouco ou nada há a dizer sobre o novo Mitsubishi Colt. É tudo igual ao Renault Clio, com exceção do logótipo dos três diamantes (aparece na dianteira e no centro das jantes) e da grelha dianteira, com a assinatura “Dynamic Shield” típica dos modelos da marca nipónica.

Na traseira as diferenças para o «irmão» com sotaque francês são ainda menos óbvias e resumem-se às inscrições “Mitsubishi” e “Colt”, ainda que a zona inferior do para-choques também seja levemente distinta.

Mitsubishi Colt traseira
© Mitsubishi

Tal como o Diogo Teixeira explica no vídeo que surge em destaque, foi a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi que permitiu à marca dos três diamantes permanecer na Europa, sendo que para isso foi necessário recorrer de forma rápida a dois modelos de segmento B, ambos da Renault, o Clio e o Captur, para manter vivos o Colt e o ASX.

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O próximo modelo da Mitsubishi a chegar à Europa também vai ter por base uma proposta da Renault e chega ao mercado em 2025. Mas segundo os responsáveis da marca, já terá um estilo bastante distinto, uma vez que houve mais tempo para preparar esta chegada.

Só muda o logótipo dos três diamantes

Também o interior é decalcado do modelo francês, com exceção do logótipo da construtora japonesa, que surge ao centro do volante. Tudo o resto é igual.

Destaca-se a instrumentação digital de 7” ou 10”, dependendo da versão, e o ecrã central multimédia de 7” ou 9,3” (em posição vertical), que permite integração com Android Auto e Apple CarPlay.

Além de oferecer um espaço de carregamento sem fios para o smartphone, o Colt oferece ainda uma câmera de estacionamento com visão 360º, sistema de som BOSE e vários sistemas ADAS, entre eles cruise control adaptativo, deteção de ângulo morto e reconhecimento de sinais de trânsito.

Mas tal como o Diogo destaca durante este ensaio em vídeo, o facto do interior ser exatamente igual ao do Clio está longe de ser um problema. Ou não fosse o modelo francês uma referência no seu segmento.

Mitsubishi Colt bagageira
© Mitsubishi O Mitsubishi Colt oferece 340 litros de capacidade de carga na bagageira

Sem versões híbridas

Assente na plataforma CMF-B da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi, o novo Colt vai chegar ao mercado português com duas motorizações distintas.

Na base da gama estará uma versão com motor a gasolina de três cilindros, naturalmente aspirado, com 1.0 litro de capacidade, que produz 67 cv e 95 Nm. Este bloco surge associado a uma caixa manual de cinco velocidades que envia o binário exclusivo às duas rodas dianteiras e permite que o Colt acelere dos 0 aos 100 km/h em 17,1s. A velocidade máxima está fixada nos 160 km/h.

Mitsubishi Colt frente
© Mitsubishi A apresentação internacional dinâmica do novo Colt teve lugar na Alemanha, na cidade de Berlim

Acima desta surge a versão que o Diogo testou em vídeo e que recorre a um motor de três cilindros a gasolina com 1.0 litros, mas com turbo, o que permite elevar a potência para os 90 cv e o binário máximo para os 160 Nm.

Esta variante continua a ter tração dianteira, mas conta com uma caixa manual de seis relações, ao mesmo tempo que anuncia performances mais capazes: 12,2s no sprint dos 0 aos 100 km/h e 180 km/h de velocidade máxima.

Está ainda disponível uma versão híbrida (equipada com o sistema híbrido E-Tech da Renault), que junta um motor a gasolina de 1.6 litros e quatro cilindros a dois motores elétricos e a uma bateria de 1,2 kWh de capacidade, mas que não será comercializada em Portugal.

Novo Mitsubishi Colt perfil
© Mitsubishi A versão híbrida do Colt não será disponibilizada no mercado português

Neste primeiro contacto, o Diogo conduziu a versão 1.0 turbo, que considera ser a escolha mais acertada, até porque considera ser relativamente fácil conseguir consumos a rondar os 5 l/100 km.

Quanto custa?

As primeiras unidades do novo Mitsubishi Colt vão chegar ao mercado português no final do próximo mês de novembro ou, mais tardar, nos primeiros dias de dezembro.

Quanto aos preços, ainda não estão fechados, mas não é difícil antecipar que não será por aí que o Colt irá ter grande vantagem face ao seu «irmão gémeo», o Clio.

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Ao contrário dos preços, a organização da gama já está definida, com o Colt a chegar a Portugal com apenas um nível de equipamento (Invite) e cinco cores à escolha: Onyx Black, Sunrise Red, Royal Blue, Volcanic Grey (metalizadas) e Arctic White (sólida).

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Veredito

Mitsubishi Colt

Primeiras impressões

7/10
Apesar de ser uma espécie de «irmão» japonês do Renault Clio, o novo Mitsubishi Colt tem argumentos suficientes para convencer quem procura um carro deste segmento, sobretudo na versão com motor 1.0 turbo de 90 cv. O interior tem qualidade e surge totalmente digitalizado, apesar de já acusar a idade em alguns detalhes. A este nível (e também no exterior), pedia-se uma maior diferenciação para o Clio. Terá sido falta de tempo ou de orçamento? Um pouco dos dois. Uma coisa é certa, a Mitsubishi fez o que tinha de fazer para se manter na Europa.

Data de comercialização: Novembro 2023

Prós

  • Qualidade geral
  • Tecnologia

Contras

  • Poucas mudanças face ao Clio
  • Falta motorização híbrida