Opel Astra Electric
Primeiras impressões
Opel Astra Electric é o elétrico para quem não gosta de mostrar que conduz um elétrico
Prós
- Conforto
- Qualidade geral
- Consumos
Contras
- Preço
Depois do híbrido plug-in, o familiar compacto da Opel eletrifica-se agora por completo, com a introdução do inédito Astra Electric.
Revelado no final do ano passado, a sua chegada a Portugal está prevista apenas para o próximo mês de novembro, mas já vos trazemos as nossas primeiras impressões ao volante e veredito.
O Diogo Teixeira foi até Berlim, Alemanha, para este primeiro contacto dinâmico ao Astra Electric e diz tudo o que é relevante saber sobre a nova proposta elétrica da Opel.
Igual por fora…
Distinguir o novo Opel Astra Electric dos outros Astra na estrada vai ser uma missão quase impossível. Ou temos ouvido de coruja ou então olhos de falcão para o conseguir.
Isto porque o único pormenor externo que distingue o Astra Electric é o pequeno símbolo “E” no canto direito da bagageira.
Para quem gosta de passar despercebido, sem «gritar» aos outros que conduz um 100% elétrico, este Astra como uma boa opção.
… igual por dentro
O interior do Opel Astra Electric segue o exemplo do exterior, ou seja, é praticamente impossível distingui-lo de outro Astra.
Só quando ligamos o carro e vemos o painel de instrumentos ou os menus específicos desta versão elétrica no sistema de infoentretenimento é que «percebemos» que estamos a bordo do Astra Electric.
O que também difere é a capacidade da bagageira. Tal como acontece com o Astra Híbrido Plug-in, a bagageira do Astra Electric perde capacidade em relação aos «irmãos» a combustão.
Esta fica-se pelos 352 l (extensíveis até aos 1268 l), menos 70 l que os Astra a gasolina e gasóleo. O mesmo acontece com a Astra Sports Tourer: os pouco mais de 600 l das versões a combustão contrai para os 516 l na versão elétrica.
Especificações familiares
Esta geração do Opel Astra (Astra L) é a primeira a ser desenvolvida no universo Stellantis e, por isso, a sensação de familiaridade seja grande quando nos debruçamos sobre as suas especificações.
Assenta sobre a plataforma EMP2, a mesma que equipa, por exemplo, o Peugeot 308, e a cadeia cinemática elétrica é também idêntica à de vários modelos no grupo.
A começar no motor elétrico, que está posicionado à frente e declara 110 kW (156 cv) de potência e 270 Nm de binário. Também a bateria de iões de lítio de 54 kWh é idêntica em capacidade a propostas do grupo como o Jeep Avenger ou o Peugeot e-308.
Mais de 400 km de autonomia
Os 54 kWh traduzem-se numa autonomia anunciada em ciclo combinado é de 418 km. E é provável que fique muito próximo de os atingir no «mundo real».
Apesar de nestes primeiros contactos dinâmicos nem sempre permitirem averiguar realisticamente consumos, o Diogo registou sempre valores abaixo dos 14,9 kWh/100 km oficiais em ciclo combinado.
É certo que o percurso designado ajudou, passando por diversas localidades com velocidades controladas, mas mesmo em estrada aberta o Opel Astra Electric mostrou sempre um apetite comedido.
Rápido q.b.
Fora das localidades, o Opel Astra Electric mostrou-se confortável — ajudados também pelos bancos com certificação AGR —, como rápido e solicito, características habituais destas propostas 100% elétricas.
Claro que não faz menos de três segundos dos 0 aos 100 km/h, como acontece com outros elétricos, mas os 156 cv e os 270 Nm disponíveis de forma imediata, fazem o Astra Electric parecer sempre mais rápido que os 9,2s oficiais.
Também a velocidade máxima (apesar de) limitada a 170 km/h supera a da maioria dos concorrentes; afinal, a alemã Opel quer que o seu Astra elétrico se sinta à vontade nas rápidas autobahn.
O Diogo Teixeira destaca ainda na apreciação dinâmica o peso do novo Astra Electric. É certo que os 1679 kg que acusa são elevados, um problema que afeta todos os elétricos. Mas não é tão pesado como alguns dos seus concorrentes. Aliás, o peso é idêntico ao Astra híbrido plug-in.
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Podia ser mais barato
O preço final do Opel Astra Electric ainda não está «fechado» para Portugal. Mas já podemos avançar que deverá ficar abaixo dos 46 mil euros.
Algo elevado — as primeiras estimativas no final do ano passado apontavam para alguns milhares de euros mais baixo —, mas não difere muito dos seus concorrentes mais diretos.
O Renault Mégane E-Tech EV40, por exemplo, até consegue baixar dos 40 mil euros, mas vem com uma bateria de apenas 40 kWh. Caso optemos pelo Mégane E-Tech EV60 (60 kWh), os preços arrancam perto dos 43 mil euros, mas ainda assim perde em potência para o Astra Electric: 130 cv vs 156 cv.
O «elefante na sala» entre os elétricos continua a chamar-se Tesla Model 3. Os cortes nos preços efetuados pela marca norte-americana colocam a versão de entrada a 39 990 euros. E isto numa proposta de um segmento acima, com mais espaço, performance e autonomia.
Veredito
Opel Astra Electric
Primeiras impressões
Prós
- Conforto
- Qualidade geral
- Consumos
Contras
- Preço
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Este é o primeiro Opel Astra 100% eléctrico. Vale o preço?
O Astra Electric é a inédita variante 100% elétrica do familiar da Opel. Só chega em novembro, mas já o conduzimos em Berlim, Alemanha.
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