Primeiro Contacto Peugeot 308 elétrico tem muito a favor mas tem um grande contra

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Peugeot 308 elétrico tem muito a favor mas tem um grande contra

O Peugeot 308 transformou-se num 100% elétrico e felizmente não se deixou afetar pelo peso da bateria. Já disponível em Portugal.

Peugeot e-308

Primeiras impressões

7/10

Data de comercialização: Novembro 2023

O e-308 é a primeira «cartada» da Peugeot no segmento C elétrico. Saiu trunfo?

Prós

  • Consumos
  • Imagem que não passa despercebida
  • Conforto

Contras

  • Preço
  • Performance inferior a alguns rivais

O e-308 é a primeira «cartada» da Peugeot no segmento C elétrico, que reúne 70% das vendas de automóveis elétricos em Portugal.

Já disponível no mercado nacional, o e-308 será seguido por mais quatro modelos 100% elétricos para o segmento C nos próximos meses: a versão carrinha (SW) do e-308 em dezembro; tanto o e-408 como o e-3008 no primeiro trimestre de 2024; e, por fim, o e-5008 mais perto do final do próximo ano.

Os próximos meses serão muito ocupados para a marca do leão, mas tudo começou agora, com o e-308, que nós já tivemos oportunidade de conduzir por estradas nacionais. Veja o vídeo:

Como se distingue este e-308 de um 308 térmico?

Por fora, não fossem as jantes aerodinâmicas de 18” (desenvolvidas especificamente para estas versões elétricas) e o “E” no portão traseiro, seria impossível distinguir o e-308 do 308 a combustão.

Peugeot e-308 traseira 3/4
© Peugeot

Tudo o resto permaneceu na mesma, inclusive a grelha frontal, apesar de não existir necessidade de refrigerar o motor elétrico que agora «vive» debaixo do capô dianteiro.

Contudo, como nos explicaram os responsáveis da Peugeot na apresentação recente deste modelo, em Tarragona (Espanha), quer ao nível da grelha quer ao nível da carenagem inferior foram feitas algumas modificações de maneira a melhorar o fluxo do ar e, assim, otimizar a aerodinâmica.

E no interior?

Tal como no exterior, o interior também pouco ou nada mudou, com exceção de alguns menus específicos no ecrã central, relativos ao sistema elétrico, e do acabamento exclusivo para os bancos, que junta couro sintético, tecido e microfibra, bem como novos grafismos em azul e verde néon.

As versões GT destacam-se por contar de série com bancos revestidos a Alcantara e com costuras em verde néon nos bancos, tapetes e tabliê.

Peugeot e-308 bancos
© Peugeot

De resto é exatamente tudo igual ao que já conhecíamos deste modelo, que continua a exibir um dos habitáculos mais interessantes do segmento.

Destaca-se a mais recente geração do i-Cockpit, que combina um volante compacto com um painel de instrumentos digital visível acima deste, o ecrã central multimédia com 10” e os i-Toggles. Estes são seis botões digitais que podem ser totalmente personalizados, garantindo assim o acesso rápido a seis funções chave.

Se quiserem ver em detalhe o interior do novo e-308, inclusive o espaço oferecido nos bancos traseiros e na bagageira, veja o vídeo em destaque (acima).

O 308 de sempre, agora elétrico

Assente na mesma plataforma das versões térmicas, o Peugeot e-308 destaca-se pela máquina elétrica, formada por um motor com 115 kW (156 cv) e 260 Nm, e por uma bateria com 54 kWh de capacidade (50,8 kWh úteis).

Capacidade suficiente para percorrer até 412 km com uma só carga (ciclo combinado WLTP), ainda que este número possa variar de acordo com o equipamento e as jantes escolhidas.

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Pode não parecer muita potência para um automóvel que agora pesa quase 1,7 toneladas (1684 kg), mas não senti que fosse necessário mais. Sobretudo olhando para aquela que é a utilização expectável para um familiar deste segmento.

É certo que quando olhamos para os 9,8s no sprint dos 0 aos 100 km/h, percebemos que o e-308 não só é ligeiramente mais lento do que o Peugeot 308 1.2 PureTech de 130 cv (gasolina) como até é mais lento do que muitos rivais. Contudo, no chamado «mundo real», nunca senti que isso fosse uma limitação.

Peugeot e-308 frente 3/4
© Peugeot

Seja a «furar» entre o trânsito seja numa ultrapassagem, o Peugeot e-308 vai sempre responder de forma pronta ao que lhe pedirem. Só não espere acelerações de colar ao banco. Se é isso que procura, talvez seja melhor ir procurar a outro lado.

Algo que notei com muito agrado foi o facto de a Peugeot não ter dado um acerto demasiado firme à suspensão, para lidar com a massa extra: são 350 kg de diferença entre o e-308 e o 308 1.2 PureTech de 130 cv.

A esse nível, o e-308 continua a destacar-se por ser muito equilibrado. É confortável, com a suspensão a filtrar bem as irregularidades da estrada, e é competente do ponto de vista dinâmico. A carroçaria não adorna em demasia em curva e não sentimos, por exemplo, o eixo dianteiro a «afundar» muito quando travamos.

Consumos são trunfo importante

Porém, o que mais me impressionou durante este primeiro contacto ao volante do novo Peugeot e-308 foram os consumos. Consegui fazer médias de 15,3 kWh/100 km, sendo que em cidade consegui mesmo andar em torno dos 13 kWh/100 km, um registo que fica abaixo do anunciado pela marca do leão.

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E isto leva-me a uma questão importante: é mesmo possível fazer mais de 400 km com uma carga? Sim, se «esquecer» de usar a autoestrada regularmente.

Numa utilização mista, mais a pender para os circuitos urbanos, não tenho dúvidas de que é possível alcançar esse número. Mas se a sua utilização passa por muitos quilómetros de autoestrada, então aponte para números mais baixos, em torno dos 300-320 km.

A que velocidade pode ser carregado?

Quando a bateria se esgota, é importante saber que o Peugeot e-308 aceita velocidades de carregamento de até 100 kW em corrente contínua (DC), o que permite passar dos 20% aos 80% em menos de 25 minutos.

Porta de carregamento com ficha colocada
© Peugeot

A somar a isso, o Peugeot e-308 está equipado de série com um carregador trifásico de bordo que lhe permite carregar a uma velocidade de até 11 kW em corrente alternada (AC). A esta velocidade uma carga completa demora cinco horas.

Quanto custa?

O novo Peugeot e-308 já está disponível no mercado nacional com preços que começam nos 42 200 euros para a versão Allure e nos 44 100 euros para a variante GT.

Sim, está longe de ser a proposta mais acessível, sendo mais caro que grande parte dos seus rivais. Em muitos casos, até superam o e-308 em potência e autonomia. Porém, surge posicionado em linha com o Renault Mégane E-Tech Electric de 130 cv e com a bateria de 60 kW.

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Em dezembro chega a versão SW, que vai custar mais 1000 euros do que o Peugeot e-308 equivalente.

Descubra o seu próximo automóvel:

Veredito

Peugeot e-308

Primeiras impressões

7/10
O Peugeot e-308 oferece tudo aquilo que de bom e mau já tínhamos no 308 com motor térmico; e são muito mais coisas boas do que más. É confortável, equilibrado e muito poupado. Os consumos acabam mesmo por ser um dos seus maiores trunfos. Não é barato, mas continua a ter uma das melhores imagens do segmento, por dentro e por fora.

Data de comercialização: Novembro 2023

Prós

  • Consumos
  • Imagem que não passa despercebida
  • Conforto

Contras

  • Preço
  • Performance inferior a alguns rivais