Porsche Taycan Turbo GT Weissach Package
Primeiras impressões
Data de comercialização: Abril 2024
O Taycan Turbo GT é o Porsche de estrada mais potente de sempre, mas é muito mais do que isso.
Prós
- Comportamento dinâmico
- Performance
- Poder de travagem
- Fator «wow»
Contras
- Preço
- Utilidade limitada
Depois de meses de rumores e fotos-espia, a Porsche apresentou finalmente a versão mais potente e radical do Taycan, denominada Turbo GT.
Com mais de 1000 cv em modo overboost, o Taycan Turbo GT começa por convencer logo pelos números que apresenta, mas isso é só parte da história… A outra conta-se em pista, onde este Taycan dá (muitas) cartas.
Será que isso chega para justificar os mais de 252 000 euros que a Porsche pede por este «super elétrico»? Conduzimos o Taycan Turbo GT em pista para descobrir a resposta. Veja o vídeo:
Disponível em dois «sabores» distintos — GT e GT com pacote Weissach —, o novo Taycan Turbo GT também se faz notar pela imagem, que é especial, sobretudo quando decorado com a pintura exclusiva Violeta Céu (nas imagens).
A somar a isso, destaque para as jantes específicas forjadas de 21’’ e para os travões carbocerâmicos (PCCB) com pinças em tom exclusivo Ouro Vitória — e que retiram 2 kg.
Porém, o que mais salta à vista é a asa traseira fixa em fibra de carbono, que consegue gerar até 140 kg de força descendente à velocidade máxima de 305 km/h — no total são 220 kg de downforce.
A ela ainda se junta um novo difusor de ar traseiro, um novo splitter dianteiro e claro, vários elementos em carbono (frisos do pilar B, molduras superiores dos retrovisores, inserções das saias laterais, entre outros).
Dieta rigorosa
A dieta à base de fibra de carbono também se faz sentir no interior, quer ao nível das bacquets (de série) quer ao nível dos lugares traseiros, que são suprimidos no pacote Weissach. No seu lugar há um revestimento que serve de compartimento de arrumação.
Mas há mais. A Porsche eliminou a função soft close da bagageira, os vidros especiais com isolamento acústico e térmico, o sistema de som surround da Bose e parte do material de isolamento, tudo a bem do peso.
Contas feitas, o Taycan Turbo GT com pacote Weissach é 75 kg mais leve do que o Taycan Turbo S, sendo que a ausência de bancos traseiros permitiu poupar por si só 22 kg.
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O mais potente de sempre
Na atualização mais recente do Taycan todas as versões ficaram mais potente e mais rápidas. Só que nesse capítulo, nenhuma versão se aproxima deste Taycan Turbo GT, que tem uma potência de pico de 1108 cv e um binário máximo de 1340 Nm.
Para isso conta com um motor elétrico traseiro mais potente, um inversor com 900 A (amperes) — no Turbo S tem apenas 600 A) e com uma caixa de (duas) velocidades reforçada e relações específicas.
A potência contínua está fixada nos 580 kW ou 788 cv. Com o Launch Control, a potência aumenta para os 760 kW (1033 cv) em overboost, sendo que durante dois segundos é possível atingir uma potência de pico de 815 kW (1108 cv).
Graças a isso, o Taycan Turbo GT com o pack Weissach acelera dos 0 aos 100 km/h em 2,2s, o que o torna 0,2s mais rápido do que o Taycan Turbo S. Já o sprint dos 0 aos 200 km/h faz-se em 6,4s (-1,3s).
Quanto à autonomia, mesmo sabendo que isso está longe de ser prioridade num elétrico mais orientado para uma utilização em pista, é de 555 km, graças à nova bateria de 105 kWh que a Porsche introduziu na mais recente atualização do Taycan.
Como é conduzi-lo em pista?
Melhor do que analisar o autêntico desfile de números que é este Taycan Turbo GT, é mesmo conduzi-lo… em pista. Foi precisamente isso que tivemos oportunidade de fazer, na apresentação internacional dinâmica deste modelo, realizada no Circuito Monteblanco, nos arredores de Sevilha (Espanha).
Apesar das condições difíceis — chuva e muita água acumulada em algumas curvas —, não foram precisas muitas voltas para percebermos todo o poderio deste elétrico, mas que começa por impressionar pelo tato de todos os comandos.
Apesar dos 2295 kg,mostra-se sempre muito ágil em pista e, acima de tudo, muito previsível. Mesmo quando a traseira começa a fugir, é relativamente fácil ir «buscá-la». E tivemos várias ocasiões para o testar.
Impressiona, depois, a eficácia com que este elétrico coloca todo o binário no asfalto. Fizemos vários “Launch Control” e é notável perceber tudo o que está a ser feito para nos ajudar a lançar, ainda que com o asfalto molhado o eixo traseiro se tenha mostrado mais vivo do que o esperado.
Mesmo assim, o impacto da aceleração é incomparável com todos os carros de estrada que já conduzi. Nem mesmo o Tesla Model S Plaid consegue estar a este nível. Pelo menos ao nível do «coice» que sentimos quando esmagamos o acelerador a fundo, como podem ver no vídeo acima.
Faz sentido existir?
Não precisamos de uma calculadora para perceber que os 252 795 euros que a Porsche pede pelo Taycan Turbo GT são suficientes para levar um 718 Cayman GT4 RS para casa. E ainda sobram 34 000 euros. E por mais 2500 euros podem escolher um 911 GT3.
Por isso mesmo, há uma questão que se impõe: faz sentido comprar um Porsche Taycan Turbo GT? Para mim faz. E é fácil explicar porquê.
Isto porque ao conduzir o Turbo GT percebi que a Porsche colocou o mesmo nível de esforço e atenção ao detalhe que coloca num 911 GT3 RS ou num 718 Cayman GT4 RS. O melhor que a marca germânica tem para oferecer num carro elétrico está aqui. E isso tem um preço.
Não é só mais uma versão do Taycan. É muito mais do que isso. É uma afirmação de poder por parte da Porsche, que mostra a marcas como a Tesla ou a Lucid Motors que a experiência ainda faz diferença.
Fazer um elétrico muito potente e rápido em linha reta é fácil. Muitas marcas conseguem. Torná-lo igualmente competente em curva, sobretudo em circuito, é uma conversa totalmente diferente. Por isso mesmo, depois de conduzir este Taycan Turbo GT, só me resta dizer uma coisa: Parabéns, Porsche!
Veredito
Porsche Taycan Turbo GT Weissach Package
Primeiras impressões
Data de comercialização: Abril 2024
Prós
- Comportamento dinâmico
- Performance
- Poder de travagem
- Fator «wow»
Contras
- Preço
- Utilidade limitada
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