Primeiro Contacto Novo Smart #3 Brabus (428 cv). Primeiro teste ao Smart mais rápido de sempre

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Novo Smart #3 Brabus (428 cv). Primeiro teste ao Smart mais rápido de sempre

O #3 Brabus é o maior Smart de sempre e também o mais rápido no sprint dos 0 aos 100 km/h. Mas é muito mais do que isso.

Smart #3 Brabus

Primeiras impressões

8/10

Data de comercialização: Março 2024

Não se deixem enganar pelos números vistosos, o Smart #3 Brabus é muito mais do que «apenas» um elétrico rápido. E este primeiro contacto foi suficiente para perceber isso…

Prós

  • Performances
  • Materiais e acabamentos
  • Espaço na segunda fila de bancos
  • Equipamento

Contras

  • Sistema de infotainment requer habituação
  • Consumos

Depois do #1, que marcou o início da nova era da Smart, chega agora o #3, um «SUV-coupé» de segmento C que aposta numa imagem mais desportiva para conquistar novos públicos.

Além disso, promete uma condução mais «acutilante», sobretudo na versão Brabus, que anuncia 315 kW (428 cv) de potência e apenas 3,7s na aceleração dos 0 aos 100 km/h.

A chegada a Portugal do Smart #3 só está marcada para março de 2024, mas nós já o fomos conduzir a Maiorca (Espanha) e ficámos surpreendidos com o que este 100% elétrico tem para oferecer. Vejam o vídeo:

Com muitos pontos em comum com o #1, a começar logo na assinatura luminosa, o #3 acaba por distanciar-se do seu «irmão» mais pequeno pela linha de tejadilho coupé, pelas jantes (19″ nas versões «convencionais» e 20’’ na linha Brabus) e pelo comprimento.

E sobre o comprimento importa dizer que o #3 é cerca de 10 cm mais comprido do que o #1, anunciando 4,40 m de comprimento, o que faz dele o maior Smart de sempre.

Já no interior voltamos a ter muitos pontos em comum com o #1, ainda que estejam presentes algumas novidades, tais como as saídas de ventilação redesenhadas, os novos bancos desportivos da versão Brabus e o tejadilho panorâmico (de enormes proporções) que é oferecido de série.

Mas se quiserem conhecer o novo Smart #3 Brabus em detalhe, por fora e por dentro, então o melhor mesmo é verem o vídeo que está em destaque neste artigo, onde analisamos os materiais, os acabamentos, a oferta tecnológica e até o espaço disponível nos bancos traseiros e na bagageira.

Duas motorizações à escolha

Na fase de lançamento, o novo Smart #3 vai estar disponível com duas motorizações distintas: uma com um motor elétrico com uma potência máxima de 200 kW (272 cv) e outra com dois motores elétricos (um por eixo), com 315 kW (428 cv) de potência máxima combinada.

Esta última configuração apenas estará disponível na versão Brabus, que anuncia números capazes de colocar muitos desportivos em sentido: 3,7s na aceleração dos 0 aos 100 km/h, mas apenas 180 km/h de velocidade máxima.

Versão com bateria LFP chega mais tarde

Comum a estas duas motorizações é a bateria de iões de lítio NCM (níquel, cobalto e manganês) de 66 kWh de capacidade (60,8 kWh úteis). O que permite que o Smart #3 reivindique uma autonomia em ciclo combinado WLTP de até 455 km nas versões com apenas um motor elétrico e de até 415 km na variante Brabus.

Mais tarde, já depois do primeiro trimestre, a gama do Smart #3 vai passar a contar com uma variante com uma bateria de iões de lítio LFP (fosfato de ferro-lítio) com 49 kWh de capacidade, que terá uma autonomia máxima (ciclo WLTP) de até 325 km e apenas um motor elétrico com 200 kW (272 cv) de potência.

Um elétrico com garra

Neste primeiro contacto em Espanha, na ilha de Maiorca, tive oportunidade de conduzir a versão Brabus deste SUV 100% elétrico e fiquei impressionado com o que tem para oferecer.

A primeira coisa que reparei ao volante deste modelo foi no acerto da suspensão, que é bem mais firme do que o que conhecemos do #1. Mas sem nunca parecer excessiva ou desconfortável.

Aliás, apesar do esquema de suspensões ser o mesmo, para este #3 a Smart optou por utilizar molas, amortecedores e estabilizadores diferentes, tudo para que o «pisar» deste elétrico estivesse alinhado com aquelas que são as suas ambições dinâmicas.

E a verdade é que nesse capítulo, o Smart #3 Brabus cumpre com o que promete, já que nos oferece uma experiência de condução envolvente, quase sempre marcada pelo «poder de fogo» que temos à disposição do nosso pé direito.

O rocket launch, por exemplo, que não existia no #1 Brabus, é surpreendente (apanhou-me desprevenido, como podem ver no vídeo em destaque), bem como a capacidade de travagem, que naturalmente nos dá confiança para aumentar o ritmo.

smart #3 Brabus - vista superior em estrada de montanha
© smart

A facilidade com que aceleramos a meio da curva e a capacidade com que o binário é colocado no asfalto convida a andar mais rápido. Porque tudo acontece de forma muito controlada, apesar da violência do «disparo» quando pisamos o acelerador a fundo.

Mesmo assim, aquilo que mais merece ser destacado é mesmo o trabalho feito ao nível do chassis. Assim que «atacamos» um troço mais revirado, sentimos claramente que este Brabus está muito bem plantado na estrada e que o chassis consegue lidar muito bem com todas as transferências de massa.

E apesar dos seus 1910 kg, mostra-se sempre muito ágil e surpreende pela sensação de leveza que nos proporciona. Acima de tudo nota-se que este é um modelo muito bem resolvido do ponto de vista dinâmico.

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Consumos desiludiram

Se o comportamento dinâmico e as performances surpreenderam pela positiva, os consumos conseguidos mostraram-se bem acima do que esperava.

É certo que os primeiros contactos são quase sempre limitados, sobretudo pelo tempo disponível, e que só quando fizermos um ensaio completo poderemos tirar conclusões mais definitivas sobre os consumos (e autonomias), mas esperava um «máquina elétrica» mais eficiente.

smart #3 Brabus - ambiente da apresentação no hotel em Maiorca
© smart

Sem qualquer preocupação com os ritmos e fazendo uma utilização normal, a procurar explorar as novidades e os atributos deste modelo, o melhor que consegui fazer foi um consumo médio em torno dos 22 kWh/100 km.

Em ambientes mais urbanos, a velocidades mais baixas, fiquei abaixo dos 19 kWh/100 km, um registo já mais em linha com os 17,6 kWh/100 km (ciclo WLTP) que a Smart reclama para o #3 Brabus. Mesmo assim, longe dos 415 quilómetros de autonomia com uma só carga anunciados por esta variante do modelo.

Seja como for, para um elétrico de segmento C, mesmo com mais de 400 cv de potência máxima, esperava consumos mais contidos.

Quanto custa?

O Smart #3 vai estar disponível com quatro linhas de equipamento durante a fase de lançamento: Pro+, Premium e 25th Anniversary Edition, além da Brabus, que vai assinalar o topo da gama do modelo.

Os preços em Portugal arrancam nos 42 950 euros para a versão Pro+ e nos 50 450 euros para a variante Brabus. O mesmo é dizer que, face à versão do Smart #1 equivalente, o novo #3 é em média cerca de 1500 euros mais caro.

E isto parece-nos uma diferença de preço bastante interessante, tendo em conta tudo aquilo que este #3 acrescenta à fórmula já conhecida do Smart #1.

Mais tarde, como referimos acima, chega a versão Pro, com bateria LFP de 49 kWh, que marcará a entrada da gama do #3. Contudo, o preço desta ainda não é conhecido.

Veredito

Smart #3 Brabus

Primeiras impressões

8/10
O Smart #3 Brabus é capaz de deixar para trás muitos desportivos no sprint dos 0 aos 100 km/h e isso, só por si, é um cartão de visita notável. Mas este elétrico é muito mais do que potência e acelerações violentas. É um produto muito bem executado, com materiais e acabamentos que reforçam as suas ambições premium, bem equipado e com espaço para a família. E na estrada certa até consegue ser divertido.

Data de comercialização: Março 2024

Prós

  • Performances
  • Materiais e acabamentos
  • Espaço na segunda fila de bancos
  • Equipamento

Contras

  • Sistema de infotainment requer habituação
  • Consumos