Hyundai IONIQ 6 testado. Autonomia é suficiente para convencer?

IONIQ 6

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O novo Hyundai IONIQ 6 só chega a Portugal no próximo mês de junho, mas o Diogo Teixeira já o foi conhecer a Madrid, num primeiro contacto que já permitiu perceber como é conduzir o segundo membro da família IONIQ.

Assente na plataforma E-GMP, a mesma do IONIQ 5, este novo elétrico da Hyundai aposta numa silhueta totalmente distinta, mais próxima de uma berlina tradicional e apresenta-se com fortes responsabilidades aerodinâmicas.

Promete uma eficiência elevada e uma autonomia superior a 600 quilómetros na versão que vai chegar ao nosso país. E foi essa versão que nós testámos em vídeo:

O estilo não é consensual, mas não passa despercebido. A esse nível o IONIQ 6 distingue-se claramente da concorrência, mas este estilo também obriga a compromissos, como vão podem ver no vídeo.

O destaque no exterior vai para o estilo influenciado pelo trabalho que a Hyundai teve de ter, para colocar o coeficiente aerodinâmico em 0,21 cx.

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Como poderá ver explicado no vídeo, a palavra de ordem na Hyundai, durante o desenvolvimento do IONIQ 6, foi “aerodinâmica”.

Com 4,85 metros de comprimento, destaca-se por ter linhas muito elegantes e uma carroçaria próxima daquilo que consideramos ser uma berlina tradicional, com quatro portas.

Por isso mesmo, a mala tem um portão dito convencional e não se assume com uma quinta porta, como acontece num hatchback. Naturalmente acaba por não ser tão prática, mas oferece um portão e carga amplo e 401 litros de capacidade de carga.

No interior, são notórias as semelhanças com o “irmão” mais novo, o IONIQ 5, ainda que o aspeto não seja o mesmo: a consola central, por exemplo, é bastante diferente e não só conta com mais espaços de arrumação como passou a integrar os comandos de abertura/fecho dos vidros.

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Ainda na consola central encontramos um carregador sem fios para o smartphone e uma porta USB convencional que permite a ligação com o sistema de infotainment, quer através do Android Auto quer do Apple CarPlay. A ativação está disponível só através desta porta USB, não é possível ativar estes sistemas a partir das duas portas usb-c que estão dentro do apoio de braços, nem existe ativação sem fios.

As laterais das portas também são completamente novas e em tudo diferentes das que já conhecíamos do IONIQ 5. Podem contar inclusive com iluminação ambiente, possível de configurar em 66 cores diferentes. É ainda possível pela primeira vez num Hyundai, diferenciar as cores da iluminação dos painéis superiores dos painéis inferiores.

Esse cuidado visual está, de resto, bem presente um pouco por todo o habitáculo deste IONIQ 6, que conta com uma qualidade de montagem bastante boa. Mesmo assim, porventura o que mais surpreende no interior desta berlina elétrica é mesmo o espaço a bordo.

O Hyundai IONIQ 6 conta com um fundo de habitáculo totalmente desimpedido: não temos os habituais túneis de transmissão a roubar espaço.

Isso é ainda mais evidente nos bancos traseiros, que oferecem um espaço muito amplo para as pernas, até mesmo no lugar central. Para aumentar o conforto a bordo estes são aquecidos, com dois níveis de intensidade disponíveis.

Para Portugal apenas tração traseira

Durante esta apresentação, a única versão que pudemos conduzir foi precisamente aquela que virá para o mercado português: tração traseira, só um motor elétrico com 168 kW (228 cv) e 350 Nm e com a maior bateria disponível, com 77,4 kWh de capacidade.

Nesta variante o Hyundai IONIQ 6 é capaz de acelerar dos 0 aos 100 km/h em 7,4s e atingir os 185 km/h de velocidade máxima, ao mesmo tempo que reclama consumos médios de apenas 14,3 kWh e uma autonomia máxima de até 614 quilómetros.

Estes são valores de autonomia que o Diogo Teixeira não só conseguiu comprovar neste primeiro contacto ao volante, como até ficou com a sensação que podem ser alcançados com alguma facilidade, sobretudo com as jantes aerodinâmicas da unidade testada.

Velocidade de carregamento

É capaz de carregar até 11 kW em corrente alternada. Ou seja, são necessárias pelo menos 7 horas para carregar totalmente a bateria num carregador que atinja essa potência.

Como está equipado com um sistema elétrico de 800 volts, o dobro do valor mais comum do mercado, consegue carregar até 232 kW em corrente contínua.

Isto significa que durante uma viagem mais longa, por exemplo, uma paragem de 15 minutos num carregador ultra rápido permite obter 351 km de autonomia.

Muito ágil e confortável

O que também surpreendeu neste primeiro contacto foi o comportamento, com o Diogo a considerar que esta pode ser mesmo a versão mais interessante de conduzir deste modelo, pelo menos até à chegada do mais radical Hyundai IONIQ 6 N, que já foi confirmado.

Com um centro de gravidade mais baixo do que o IONIQ 5, ainda que isso não se traduza numa posição de condução necessariamente baixa, este novo elétrico da Hyundai exibe um bom compromisso entre conforto e dinamismo. Muito por culpa do facto de só ter um motor elétrico (montado atrás), o que faz com que seja mais leve (pesa 1985 kg).

O novo Hyundai IONIQ 6 só vai chegar a Portugal no próximo mês de junho e vai estar disponível apenas na versão de tração traseira e bateria de 77,4 kWh.

O preço para o nosso mercado ainda não está totalmente definido, mas sabe-se que irá situar-se entre os 60 000 e os 65 000 euros.

Quanto à gama, vai estar organizada em duas versões distintas (Vanguard e Premium), um pouco à imagem do que já acontece com o IONIQ 5.